domingo, 6 de dezembro de 2015

Crise: Como sair dela?

"Apesar da Crise". termo ironiza cobertura ideológica da mídia
"Apesar de você, amanhã há de ser outro dia", diz a música. Embora há quem se beneficie com o clima de caos e destruição a níveis apocalípticos alardeado por grandes grupos de mídia, é fato que o Brasil está ainda melhor do que há 15 anos atrás. A indústria enfrenta altos e baixos, o varejo tem crescimento tímido, mas ainda crescerá, mas na construção pesada houve os maiores danos, causados pela Operação Lava Jato, que condenou agentes públicos e diretores de empresas. Mas também condenou as empresas, paralisando obras e causando centenas de milhares de demissões.

Eduardo Cunha - Aumento de Gastos para emperrar o governo
Nas ruas, como análises como esta não são divulgadas, as pessoas culpam a um partido, que não controla os meios de produção. Nas redes sociais, debates ferrenhos de militantes apaixonados. Há um excesso de opiniões e o desprezo aos fatos. E, mais recentemente, a abertura do processo de impeachment da Presidenta Dilma deixou a pauta progressista totalmente paralisada, embora o governo continue trabalhando, implementando políticas econômicas, controlando os juros, vendendo dólares e cortando gastos e despesas.

Governo corta. Câmara, não.

O poder legislativo não tomou nenhuma medida austera para reduzir seus gastos. Do contrário: Aumentou verbas de gabinete, salários e cotas partidárias, além de enviar para a votação, projetos que implicam em gastos para o governo. Embora nenhum gasto social tenha sido alterado, a classe média é seduzida todos os dias a apoiar a ruptura democrática, sem que lhe sejam explicadas as consequências disso. Enquanto governos estaduais liderados por partidos de oposição, protegidos pelo manto de uma imprensa parcial, arquivam grandes e graves escândalos de corrupção (como o Aeroporto de Cláudio-MG, construído com dinheiro público em fazenda do tio do senador e ex-candidato à presidência Aécio Neves e o Caso Alston, propinoduto do Metrô de SP, que ajudou no financiamento das campanhas do PSDB, vitorioso naquele Estado há mais de vinte anos).
Seria diferente se dessem a mesma cobertura
da Operação Lava-Jato.

O país encara uma crise moral, onde políticos afogados em processos criminais fazem discursos de caça a desafetos, sob a égide do combate à corrupção, com amplo espaço na mídia; o governo se cala e não responde às ameaças, dando condições a oportunistas fazerem barganhas e ampliarem seu espaço no próprio governo e o mercado, buscando tirar proveitos da disparada do dólar - inclusive provocando-a - e a dubiamente explicável resposta positiva dos preços das ações no dia seguinte ao anúncio do impeachment, que ainda cumpre seus ritos iniciais, mas é alardeado como uma execução penal de uma presidente que não tem sequer acusações de nada.

Rapidamente silenciado na mídia para não atingir a candidatura de Aécio Neves,
o "helicoca" foi apreendido com 445 kg de cocaína em novembro de 2013.
Helicóptero pilotado por servidor da AL-MG, pertencente ao Senador Zezé Perrela (PDT)
presidente do Cruzeiro Esporte Clube e amigo íntimo de Aécio Neves, cujo problema com a cocaína é
nacionalmente conhecido. Aécio teve 48 milhões de votos para Presidente da República.
Aécio quer o impeachment de Dilma.


Enfim, a crise ta aí. Como sair dela?

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