"Apesar da Crise". termo ironiza cobertura ideológica da mídia |
Eduardo Cunha - Aumento de Gastos para emperrar o governo |
Governo corta. Câmara, não. |
O poder legislativo não tomou nenhuma medida austera para reduzir seus gastos. Do contrário: Aumentou verbas de gabinete, salários e cotas partidárias, além de enviar para a votação, projetos que implicam em gastos para o governo. Embora nenhum gasto social tenha sido alterado, a classe média é seduzida todos os dias a apoiar a ruptura democrática, sem que lhe sejam explicadas as consequências disso. Enquanto governos estaduais liderados por partidos de oposição, protegidos pelo manto de uma imprensa parcial, arquivam grandes e graves escândalos de corrupção (como o Aeroporto de Cláudio-MG, construído com dinheiro público em fazenda do tio do senador e ex-candidato à presidência Aécio Neves e o Caso Alston, propinoduto do Metrô de SP, que ajudou no financiamento das campanhas do PSDB, vitorioso naquele Estado há mais de vinte anos).
Seria diferente se dessem a mesma cobertura da Operação Lava-Jato. |
O país encara uma crise moral, onde políticos afogados em processos criminais fazem discursos de caça a desafetos, sob a égide do combate à corrupção, com amplo espaço na mídia; o governo se cala e não responde às ameaças, dando condições a oportunistas fazerem barganhas e ampliarem seu espaço no próprio governo e o mercado, buscando tirar proveitos da disparada do dólar - inclusive provocando-a - e a dubiamente explicável resposta positiva dos preços das ações no dia seguinte ao anúncio do impeachment, que ainda cumpre seus ritos iniciais, mas é alardeado como uma execução penal de uma presidente que não tem sequer acusações de nada.
Enfim, a crise ta aí. Como sair dela?
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